terça-feira, 29 de maio de 2012








Você não pode intender minha dor
Você não pode saber quem é
Você não pode nem ao menos encostar a porta
Pois está frio
Você não pôde desligar o fogo e a cabana ruiu
As cinzas foram sopradas pelo vento
E você ajudou a assoprar
Você ajudou o oceano a afundar nosso navio
Embebedou os tripulantes e o deram como perdido
Junto do nevoeiro ele se foi
Já perdi de vista,
Já pedi que pague,
Mas não tem preço,
Não tem meios.


Italo Henriques de Assis

quarta-feira, 16 de maio de 2012









Nesses dias sem sentido
Fico aqui deitado no chão frio
Lamentando-me em silencio
Lembrando-se dos dias frios de calor
E os dias frios que ferviam a cama
Chego até ouvir uma folha cair durante o dia lá fora
Mas a noite tem sido pior
As madrugadas não tem pena de mim
Torturam-me com sua monotonia aguda e fria
Nem paladar tem mais
Nem discernimento de cores que eu não vejo mais
Salgado ou doce branco ou preto eu não lembro mais.