quinta-feira, 22 de março de 2012

Um Ultimo Mergulho




Doce praia de aguas doces
De tão linda nem parecia salgada
De suave até pensava que estava no céu
Cobria-me com espumas brancas
Aquelas ondas...
Levavam-me a um transe profundo
E nem sentia o corpo
Só sentia o mar...
Naquele momento eu era o mar
Divindade infinita de prazeres
Aguas coloridas a me ninar
Enquanto sonho acordado
Com o dia de te encontrar de novo
Penso que certamente no paraíso existe mar
Quem ousaria a imaginar um paraíso sem o mar?
Claramente não seria paraíso por assim dizer
Raios de sol atravessam suas aguas
Ventos profanam sua serenidade
Mar e oceanos braços de irmandade.

Italo Henriques

21/03/2012

quarta-feira, 21 de março de 2012

Prologo da Doce Profana

E pra onde foi aquela moça
Encantou-me aquela moça
De saia rodada e unha pintada
Dizia o meu nome e me arrepiava
Dançava e sorria como uma vadia
Coração de criança
Fazia o mal, mas não por vingança.
Ia e vinha sem fazer barulho
E eu de cabeça baixa a me curvar
Sentia-me um bagulho
Moça de pernas abertas
Insistia em me acostumar
Deitava em seu colo quente
Não cansava de te admirar
Teve uma noite que me jurou amor eterno
Disse nunca mais me deixar
Mas sempre eu acordava
Procurava e não estava lá
Deixa seu cheiro doce
Seu cheiro de manhã
Aquele cheiro ficava muito tempo no ar
Comia suas migalhas
Seguia seus passos e vivia do seu respirar
Seus olhos que às vezes castanho
Ouso a dizer que até verde ele pode parecer
Olhando para o sol a pele alva brilhava e fervia meu coração
E assim ela passava...
Sempre com hálito de agua ardente
E eu não me importava, pois um dia já foi decente.
Mais nem sabia se ainda seria novamente.


Italo Henriques.

Contando estrelas na luz do dia

Cá estava eu novamente a me iludir
Contando estrelas na luz do dia
Em alto e bom som, mas que quer ouvir?
Lamentos e emergências profundas ou não
Delubriam os pensamentos daqueles que são
Há de ter um sopro de esperança no fim de lugar nenhum
Há de ter um gosto doce nesse partilhado de angustia e amargor
Quando acontecer de eu sentir a liberdade em meus lábios
Já estarei vivendo outras Historias, em outros mundos.

Italo Henriques